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Quais os fatores de risco para desenvolver um aneurisma cerebral?

Os aneurismas geralmente se formam em pontos de fragilidade da parede dos vasos, como nos locais de ramificação das artérias.

Quais os fatores de risco para desenvolver um aneurisma?

Os principais fatores de risco para a formação de aneurismas são:

  • Pressão alta não tratada;
  • Tabagismo;
  • Abuso de drogas, especialmente cocaína ou anfetaminas, que aumentam a pressão arterial a níveis perigosos. O abuso de drogas intravenosas é uma causa de aneurismas micóticos infecciosos;
  • Idade superior a 40 anos.

Às vezes, os aneurismas cerebrais são o resultado de fatores de risco hereditários, incluindo:

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  • Distúrbios genéticos do tecido conjuntivo que enfraquecem as paredes das artérias;
  • Doença renal policística (na qual numerosos cistos se formam nos rins);
  • Malformações arteriovenosas (emaranhados de artérias e veias no cérebro que alteram o fluxo sanguíneo;
  • História de aneurisma em um familiar de primeiro grau (filho, irmão ou pai).

Fatores de risco menos comuns incluem:

  • Trauma na cabeça;
  • Tumor cerebral;
  • Infecção na parede arterial (aneurisma micótico).

Condições que aumentam o risco de aterosclerose (doença relacionada à inflamação da parede das artérias na qual acontece o acúmulo de gordura e calcificação das mesmas), como pressão alta, tabagismo, diabetes e colesterol alto, podem aumentar o risco de desenvolver um aneurisma fusiforme.

Quais os fatores de risco para a ruptura de um aneurisma?

Nem todos os aneurismas precisam de tratamento, mas aqueles que não têm indicação de intervenção devem ser periodicamente acompanhados para avaliação de risco de ruptura.

Os fatores de risco mais significativos são:

  • Tabagismo: relacionado tanto ao desenvolvimento à ruptura de aneurismas. Fumar é um dos fatores que pode levar ao surgimento de múltiplos aneurismas no cérebro;
  • Hipertensão: a pressão alta danifica e enfraquece as artérias, tornando-as mais propensas a formação de aneurismas e de rompimento destes;
  • Tamanho: o tamanho é proporcional ao risco de rompimento. Aneurismas maiores que 10mm geralmente têm indicação de tratamento;
  • Formato: aqueles multilobulados ou com “daughter sac” (uma protrusão irregular da parede do aneurisma) são mais perigosos;
  • Localização: aneurismas localizados nas artérias comunicantes posteriores (um par de artérias na parte posterior do cérebro) e possivelmente aqueles na artéria comunicante anterior (uma artéria localizada na região anterior do cérebro) têm um risco maior de ruptura do que aqueles em outros locais no cérebro;
  • Crescimento: aneurismas que crescem, mesmo que sejam pequenos, têm maior risco de ruptura;
  • História familiar positiva: principalmente quando familiares de primeiro e segundo grau já foram acometidos pelo problema;
  • O maior risco ocorre em indivíduos com múltiplos aneurismas que já sofreram ruptura prévia ou sangramento sentinela.

Artigo originalmente publicado no National Institute of Neurological Disorders and Stroke

Este é um tratamento realizado pela equipe de Neurologistas da Clínica Neurológica, em Joinville (SC). Clique e saiba mais.

 

Neurológica

Centro Médico de Neurologia e Neurocirurgia.

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