A doença de Parkinson é uma das enfermidades neurológicas mais comuns. Lenta e progressiva, ela aparece geralmente a partir dos 60 anos de idade, mas também se manifesta em pessoas mais novas.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas sofrem do problema. E há ainda uma estimativa de que a prevalência de casos é de 100 a 200 por 100 mil habitantes.
Afinal, o que causa a doença de Parkinson? Quais são os sintomas mais comuns? Como saber quando procurar um médico e quais são os tratamentos?
As respostas para essas e outras perguntas você confere abaixo e foram dadas pelos neurologistas Dr. Alexandre Luiz Longo e Dr. Andrei Koerbel, no evento “Parkinson: Muito além do tremor”, realizado em abril pela Clínica Neurológica, no Centro Hospitalar Unimed (CHU), em Joinville (SC).
A doença de Parkinson afeta os dois sexos e ocorre pela perda de neurônios responsáveis pela produção do neurotransmissor dopamina, em uma região do cérebro chamada substância negra.
De acordo com o médico neurologista Dr. Alexandre Luiz Longo, citando dados históricos, mais de um motivo leva à degeneração de células nervosas e, consequentemente, ao Mal de Parkinson – esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.
Em resumo, embora sejam conhecidos alguns genes relacionados à doença, ela não é hereditária na maioria dos casos, e alguns desses genes favorecem o desenvolvimento da patologia de forma indireta e em conjunto com possíveis fatores ambientais, vírus, metais pesados, agrotóxicos, entre outros.
Entre os principais sintomas do Mal de Parkinson estão:
Conforme o médico Dr. Alexandre Longo, o tremor se manifesta caracteristicamente durante o repouso, mas não está presente em todos os pacientes. Nem todos as pessoas que apresentam tremor têm doença de Parkinson, pois ela não atinge somente a motricidade. Assim, podem aparecer sintomas não motores, como:
O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico. O neurologista é o profissional mais indicado para fazer a correta avaliação dos sinais e sintomas, pois é ele quem sabe diferenciá-los em relação a outras doenças neurológicas que também afetam os movimentos.
Além da consulta clínica, o neurologista solicita exames complementares, como tomografia cerebral e ressonância magnética. Esses servem, porém, para avaliação de outras identificações diferenciais.
A doença de Parkinson é tratável e geralmente os sinais e sintomas respondem de forma satisfatória às medicações, que devem ser usadas pelo paciente por toda a vida.
De acordo com o neurologista Dr. Andrei Koerbel, há diversos medicamentos que devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e em cada fase de evolução da doença, garantindo, assim, melhor qualidade de vida à pessoa.
Koerbel diz, ainda, que existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da doença de Parkinson, mas elas devem ser indicadas caso a caso, quando os remédios falharem em controlar esses sinais.
Por fim, além de medicamentos, o tratamento do Mal de Parkinson inclui fisioterapia, fonoaudiologia, suportes psicológico e nutricional. “Um tratamento correto permite que o paciente tenha uma vida independente, com qualidade, por muitos anos”, destaca o especialista.
Se você quiser saber mais sobre a doença de Parkinson, agende uma consulta com um neurologista de uma clínica especializada para tirar todas as suas dúvidas.