Anos atrás acreditava-se que a depressão na infância era rara ou inexistente. Desde a década de 1970 pesquisas sobre depressão têm atraído um interesse crescente devido o maior entendimento desta condição de saúde, juntamente com seu reconhecimento e diagnóstico, mesmo em crianças pequenas.
Os sintomas básicos dos transtornos depressivos em crianças e adolescentes são iguais aos dos adultos, mas apresentam peculiaridades específicas para cada faixa etária e, de um modo geral, os quadros na infância são mais leves. Porém há alguns casos de depressão grave, que não podem ser negligenciados.
Muitas vezes comportamentos próprios das crianças confundem-se com sintomas depressivos. Irritabilidade, birras, alterações do sono ou apetite e mesmo explosões de raiva são frequentes.
Enquanto os sinais de alerta, aos quais os pais e familiares devem estar atentos, são:
As causas da depressão parecem ser resultado de interações complexas entre vulnerabilidades biológicas (genética) e influências ambientais (família, comportamento negativista, estresse e sociedade). Baixo cuidado parental e negligência também contribuem.
As intervenções psicossociais e em especial a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) devem sempre acompanhar o tratamento. Medicamentos serão prescritos sempre que houver prejuízo funcional e deverão ser adequados à faixa etária. Antidepressivos são eficazes e bem tolerados na infância, porém, é necessário que o médico prescritor tenha bom conhecimento, promova um acompanhamento e manejo adequados e que haja aderência do paciente ao tratamento.
É importante ressaltar que irritabilidade, birras, alterações do sono ou apetite e mesmo explosões de raiva podem ser considerados normais durante as etapas do desenvolvimento psíquico infantil. É importante estar atento aos sinais de alerta para assim prestar cuidado à criança, buscando o devido auxílio médico quando necessário.