Mesmo sendo comum a existência de transtornos ansiosos na infância, os pais têm dificuldade para identificá-los e buscar auxílio médico. Depois do TDAH, a ansiedade é o transtorno comportamental que mais leva crianças aos consultórios de neuropediatras e psiquiatras. Geralmente o motivo que incentiva os pais a buscarem esse auxílio está relacionado a problemas de comportamento, relacionamento, rendimento escolar ou sintomas somáticos (dor de cabeça, tonturas, dores abdominais, etc.).
Os sintomas podem surgir em sequências alternadas, com períodos mais ou menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. É importante estar atento ao grau de prejuízo funcional que eles estejam causando.
São vários os modos de apresentação, com classificação e aparecimento em idades diferentes.
A ansiedade pode evoluir para uma depressão leve e passageira, ou mesmo manifestar-se em episódios graves. Estudos demonstram que a ansiedade na infância é um fator de risco aumentado para o desenvolvimento de outros transtornos comportamentais na vida adulta.
O diagnóstico e tratamento precoce podem evitar repercussões negativas na vida da criança. O tratamento da ansiedade na infância é eficaz com o uso de medicamentos apropriados, associados à psicoterapia, em especial a terapia cognitiva comportamental.
É importante ressaltar que medos, preocupações e angústia podem ser considerados normais durante as etapas do desenvolvimento psíquico infantil, porém, são considerados patológicos quando exagerados, desproporcionais aos estímulos e com duração prolongada.