O Dr. Ronald Fiuza foi um dos palestrantes do III Congresso Catarinense de Neurologia, que aconteceu em Florianópolis, Santa Catarina. Ele falou sobre a Enxaqueca Refratária, que é aquela na qual todos os tratamentos convencionais foram tentados, mas nada deu certo. São pacientes que já passaram por diversos médicos, fizeram muitos exames, tomam muitos remédios, mas que tem dor de cabeça todos os dias, o que atrapalha a vida destas pessoas.
O neurologista apresentou um levantamento do que há de mais moderno para ajudar nestes casos e quais são os principais erros que os pacientes e seus médicos cometem, que os impedem de melhorar. “O primeiro passo é ter uma nova conversa com o paciente, entender o problema desde o início, saber tudo que ele já tentou, mas não deu certo”, explica.
Depois, o médico deve receitar os remédios mais modernos. Existem dois grupos de medicamentos para enxaqueca refratária, os que agem na crise – na hora da dor – e os preventivos – usados diariamente para evitar que a dor venha.
“Avaliei com os colegas o que é possível fazer além dos remédios e de que maneira você pode descobrir quais os gatilhos da dor de cabeça do paciente. Estresse, menstruação, bebida alcoólica, determinados alimentos, mudanças de hábito do sono são exemplos de gatilhos”.
Dr. Fiuza mostrou quais tratamentos não-medicamentos podem ser usados e destacou os que comprovadamente funcionam: técnicas de relaxamento, biofeedback, terapia cognitivo-comportamental e toxina botulínica. “Analisei com a plateia cada uma dessas questões. Sabemos que estes pacientes são complicados e, por isso, devem ser muito bem informados, recebendo uma expectativa realista. No entanto, se o tratamento e o acompanhamento forem seguidos e os recursos da medicina moderna forem bem utilizados, o resultado é satisfatório de 70 a 85% dos casos, conclui.
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