Dra. Vera Braatz, Neurologista da Neurológica, esteve presente no 72º Congresso da Sociedade Americana de Epilepsia (AES2018), em New Orleans, Louisiana, Estados Unidos, onde se reuniram mais de 6 mil especialistas em epilepsia de 65 países para discussões clínicas e aprendizado. Neste post são elencados os principais fatores de risco abordados como influenciadores de crises epilépticas, a relação das crises com o sono e projeções tecnológicas para melhorar a rotina de pacientes daqui 5 a 10 anos. Confira a seguir.
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O tratamento de pacientes portadores de epilepsia é um grande desafio e novidades na investigação e tratamento são constantes. Imaginemos que, em 1906, Golgi & Cajal receberam o Prêmio Nobel por identificar neurônios e sinapses neuronais. O tratamento medicamentoso foi revolucionado em 1912, com o início da utilização do fenobarbital e, em 1938, da fenitoína. A “nova era” da epileptologia foi desenvolvida após o advento do eletroencefalograma pelo alemão Hans Berger, o que ocorreu há exatos 90 anos! A partir da década de 30, avanços importantes em cirurgia de epilepsia foram feitos, consagrando progressivamente a cirurgia como técnica segura e eficaz para tipos específicos de epilepsia.
Estes avanços mostram que muito do que temos na prática clínica atualmente é resultado de pesquisas importantes na área, desenvolvidas nas últimas décadas. É fácil entender também que tudo isso é um processo contínuo de aprendizagem e desenvolvimento, com o único objetivo de melhorar o tratamento e a qualidade de vida dos pacientes portadores de epilepsia.
A proposta de medicina de precisão que temos atualmente somente é possível porque em 1953, Watson e Crick descreveram a estrutura do DNA. Com isso, podemos entender melhor como pequenas alterações em regiões específicas deste emaranhado pode ser responsável por alterações cerebrais complexas, resultando em epilepsia, por exemplo.
A grande pergunta que surge neste momento possivelmente é “e se olharmos para o futuro, o que será que vamos encontrar?” Este foi o tema de uma das principais aulas no AES2018, ministrada pelo Dr. Robert Fisher, um dos líderes da ILAE (Liga Internacional de Combate à Epilepsia). Ele citou algumas projeções futuras que poderão facilitar muito a rotina de pacientes com epilepsia. Entre elas: