O tratamento da epilepsia é essencialmente feito através de medicação, que resulta em controle total das crises na maioria dos pacientes. Apesar disso, cerca de 1 a cada 3 continuam enfrentando crises frequentes, que resultam em redução da qualidade de vida, perda de independência e riscos à vida.
Nestes casos outras opções de tratamento devem ser avaliadas, incluindo cirurgia ressectiva (retirar ou desconectar a região do cérebro responsável por gerar as crises), dieta cetogênica (que falamos em detalhes neste post) e neuromodulação.
Consiste em modular a atividade cerebral para reduzir a frequência ou a gravidade das crises epilépticas. Embora não seja um tratamento que vise a cura da doença. Há três estratégias de neuromodulação disponíveis atualmente:
O VNS (estimulador de nervo vago) consiste em um gerador que emite estímulos no nervo vago resultando na redução das crises epilépticas. Este sistema fica implantado abaixo da pele e não é visível. Para seu implante são necessários dois pequenos cortes, um na altura do pescoço e outro abaixo da clavícula. É um procedimento pouco invasivo, com rápida recuperação pós-operatória e os principais efeitos colaterais são rouquidão e tosse.
Os estímulos são ajustáveis nas consultas, gradualmente chegando à programação adequada para cada paciente.
Esta estratégia pode ser utilizada por pacientes adultos e crianças, com variados tipos de epilepsia, que não obtiveram controle das crises com medicação e que não são candidatos à cirurgia ressectiva. Em média há uma redução de 50% nas crises.
O tratamento da epilepsia é essencialmente medicamentoso. Em casos onde as crises epilépticas permanecem, há outras opções disponíveis. O VNS (estimulador de nervo vago) é um tratamento bastante utilizado. É importante esclarecer que raramente os pacientes ficarão sem crises e que os efeitos do tratamento não serão imediatos, mas percebidos ao longo dos meses após o implante.