Doença de Alzheimer: origem do nome, causas e outras informações

Demência é um termo geral que engloba várias doenças que se manifestam com declínio na memória ou de outras habilidades de pensamento suficientemente severas para reduzir a capacidade de uma pessoa de realizar as atividades diárias.

A Doença de Alzheimer é responsável por 60 a 80% dos casos de demência. A demência vascular, que ocorre após um acidente vascular cerebral, é o segundo tipo de demência mais comum. Mas existem outras condições que podem causar sintomas de demência, incluindo algumas que são reversíveis, como problemas de tireóide e deficiências de vitaminas.

No passado, a demência era incorretamente referida como “senilidade” ou “demência senil”, que refletia a crença anteriormente generalizada, porém incorreta, de que um declínio mental grave é uma parte normal do envelhecimento.

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Já a Doença de Alzheimer é um tipo de demência que causa problemas de memória, linguagem, pensamento e comportamento. É a causa mais comum de demência, sendo responsável por 60% a 80% dos casos.

Os sintomas geralmente se desenvolvem lentamente e pioram com o tempo, tornando-se graves o suficiente para interferir nas tarefas diárias.

Entendendo melhor a Doença de Alzheimer

Origem do nome

Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906. Ele estudou e publicou o caso da sua paciente Auguste Deter, uma mulher saudável que, aos 51 anos, desenvolveu um quadro de perda progressiva de memória, desorientação, distúrbio de linguagem (com dificuldade para compreender e se expressar), tornando-se incapaz de cuidar de si. Após o falecimento de Auguste, aos 55 anos, o Dr. Alzheimer examinou seu cérebro e descreveu as alterações que hoje são conhecidas como características da doença.

Quais são as causas?

Não se sabe exatamente por que a Doença de Alzheimer ocorre, mas são conhecidas algumas lesões cerebrais características dessa doença. As duas principais alterações que se apresentam são as placas senis decorrentes do depósito de proteína beta-amiloide, anormalmente produzida, e os emaranhados neurofibrilares, frutos da hiperfosforilação da proteína tau. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.

Estudos recentes demonstram que essas alterações cerebrais já estariam instaladas antes do aparecimento de sintomas demenciais. Por isso, quando aparecem as manifestações clínicas que permitem o estabelecimento do diagnóstico, diz-se que teve início a fase demencial da doença.

As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea. As áreas comumente mais atingidas são as de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas.

As características da doença

A DA não é parte normal do envelhecimento. O maior fator de risco conhecido é o aumento da idade e a maioria das pessoas com Alzheimer tem 65 anos ou mais. Mas a doença de Alzheimer não aparece exclusivamente na velhice. Nos EUA, estima-se que aproximadamente 200.000 pessoas com menos de 65 anos têm a doença de início mais jovem (chamada de DA de início precoce).

Quais são os sintomas?

É uma doença progressiva, onde os sintomas de demência pioram gradualmente ao longo de vários anos. Nos estágios iniciais, a perda de memória é leve, mas com o Alzheimer em estágio avançado, os indivíduos perdem a capacidade de manter uma conversa e responder ao ambiente.

Tem cura?

A Doença de Alzheimer não tem cura, mas os tratamentos para os sintomas estão disponíveis e a pesquisa continua. Embora os tratamentos atuais para a doença de Alzheimer não possam impedir sua progressão, eles podem retardar temporariamente o agravamento dos sintomas de demência e melhorar a qualidade de vida das pessoas e de seus cuidadores.

Alguns números

Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, há cerca de 1,2 milhão de casos, a maior parte deles ainda sem diagnóstico.

A Doença de Alzheimer é a 6ª principal causa de morte nos Estados Unidos. Em média, uma pessoa com Alzheimer vive quatro a oito anos após o diagnóstico, mas pode viver até 20 anos, dependendo de outros fatores.

Referências:

http://abraz.org.br/web/sobre-alzheimer/o-que-e-alzheimer/

https://alz.org/

Dra. Nayara dos Santos Reimer é neurologista na Neurológica, em Joinville (SC). Conheça os tratamentos em Neurologia.

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