Inflamação idiopática da órbita, também conhecida como pseudotumor de órbita, é a doença inflamatória que mais comumente afeta a órbita. Ela também pode estar associada a outras doenças, como: fistula carótida-cavernosa, meningite idiopática, doenças reumatológicas, ou síndrome de Tolosa Hunt.
O processo inflamatório é heterogêneo e se apresenta com proptose, hipertrofia da musculatura ocular extrínseca, infiltração da gordura retro-orbitária. Alguns pacientes têm doença bilateral.
O tratamento inicial é realizado com corticoides. Se não houver melhora, ou ocorrerem recidivas após o tratamento, pode ser necessária a realização de descompressão de órbita com biópsia da lesão, para melhora dos sintomas e afastar outras doenças que possam simular um pseudotumor de órbita.
Nos casos refratários, pode ser necessária a realização de radioterapia.
Oftalmopatia de Graves ou orbitopatia de Graves é a manifestação extratireoideana mais comum na doença de Graves – ou seja – pode ocorrer em pacientes que sofrem de hipertireoidismo (hiperfunção da glândula tireóide).
A Orbitopatia de Graves pode ocorrer durante ou após o início do hipertireoidismo. Em outros casos, a elevação dos hormônios tireoideanos pode ocorrer meses ou anos após os sintomas clínicos da doença de Graves. Entretanto, esta doença pode menos frequentemente acometer pacientes hipotireoideanos ou eutiroideanos.
O diagnóstico de orbitopatia de Graves é geralmente feito clinicamente. Os sinais e sintomas da fase aguda desta doença incluem proptose, equimose, retração palpebral, diplopia. Mais raramente, pode ocorrer compressão do nervo óptico. Exame de imagem é necessário para confirmar o diagnóstico.
Na fase crônica, os sintomas mais comuns são proptose, retração palpebral e estrabismo.
Paciente com doença de Graves antes da descompressão de órbita.
Paciente com doença de Graves após a descompressão de órbita.
O manejo inicial deve priorizar o controle do hipertireoidismo. Corticoterapia pode ser usada na fase aguda da orbitopatia de Graves, além de outras medicações.
Se o tratamento clínico não melhorar os sintomas de proptose e hipertensão intraorbitária, o tratamento cirúrgico com descompressão orbitária pode estar indicado.