Já sabíamos que essa era uma das mais intensas dores de cabeça e merecedora do seu assustador apelido – “cefaleia do suicídio” -, mas um trabalho publicado em janeiro deste ano ranqueou a cefaleia em salvas (cluster) como sendo a pior experiência dolorosa que uma pessoa pode sentir.
Uma dor de cabeça que dói mais que o parto normal
Mil seiscentos e quatro pacientes com cefaleia em salvas classificaram dor numa escala de 1 a 10, e ela obteve a maior pontuação, de 9.7. A dor sentida durante o parto normal (7.2), na pancreatite (7) e para a expulsão de pedras nos rins (6.9) ficaram mais abaixo. Em 72% destes pacientes ela foi classificada como nível 10.
Características da cefaleia em salvas
Apesar de ser uma das cefaleia mais comuns e debilitantes, com frequência não é reconhecida ou tem atraso de anos no seu diagnóstico, levando a um tratamento inadequado de um paciente com uma dor grave.
É comum ser confundida com migrânea e algumas características que ajudam a diferenciá-las são:
- O fato de uma pessoa sempre sentir dor no mesmo lado da cabeça.
- Saber quanto tempo dura uma crise não tratada com medicação.
- A presença de disautonomia durante a ocorrência da dor. Sintomas como lacrimejamento, vermelhidão do olho, inchaço ou queda da pálpebra, alterações do tamanho da pupila, coriza, suor ou sensação de ouvido tampado, todos estes somente no lado da dor.
Tratamento emergencial
A intensidade da dor faz com que o tratamento de uma crise seja considerado emergência médica, e o alívio pode ser conseguido prontamente com administração de oxigênio em alto fluxo, medicações por via endovenosa, subcutânea ou intranasal.
A ONG Cluster Busters oferece uma ferramenta em inglês que auxilia no reconhecimento desta e de outras cefaleias primária. Confira em: https://clusterbusters.org/diagnostic-tool/
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Dra. Lara Pizzetti Fernandes é Neurologista especialista em Toxina Botulínica na Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Toxina Botulínica.