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Tecnologia auxilia na prevenção primária do AVC

Já imaginou que a resposta para qual o risco de ter um AVC pode estar na palma da sua mão? Pois isto é possível, graças a um aplicativo para celular (app) chamado Riscômetro de AVC (Stroke Riskometer), que permite aos usuários calcular, através de respostas a perguntas simples, seu risco de ter um AVC em cinco e dez anos. A partir do resultado, o app traz dicas de como melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, reduzir os fatores de risco. É possível salvar os resultados, repetir o teste periodicamente para verificar a evolução dos percentuais e discutir o progresso com seu médico.

Segundo o Dr. Norberto Cabral, o principal objetivo do Riscômetro de AVC é informar e educar a população em geral sobre os sintomas e fatores de risco dos AVC’s. “Precisamos de estratégias novas e mais eficazes de prevenção do AVC para conter os crescentes casos no Brasil e no mundo. A aceitação e utilização deste aplicativo pode contribuir muito para a redução dos índices”.

Dr. Cabral, que coordena a pesquisa no Brasil, conta que inicialmente será feito um estudo piloto com 240 pacientes na China, Rússia, Índia, México, Nigéria e Brasil. Posteriormente, o app será submetido a uma agência de financiamento inglês para testar sua eficácia. Paralelamente, já está sendo traduzido para 25 idiomas, entre eles o português. “Um colega neurologista de Sobral, no Ceará, será responsável por fazer esta tradução, adequando as perguntas de acordo com os aspectos culturais brasileiros”, explica.

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O Riscômetro de AVC ganhou como melhor aplicativo de saúde da Nova Zelândia e está concorrendo como melhor do mundo, pela Organização Mundial de Saúde. Está disponível gratuitamente para sistemas operacionais Android e iOS.

Na prática

Decidi fazer o teste para conhecer o aplicativo e também para saber se eu tinha alguma chance de ter um AVC. Ele faz perguntas como: “Qual sua idade?“, “Qual a medida da sua cintura?”, “Você tem diabetes”, “Você fuma ou já fumou?”. O teste é rápido, dura cerca de seis minutos. Confesso que fiquei surpresa com meu resultado. Para minha idade e sexo (sou mulher e tenho 28 anos), meu risco deveria ter sido de, no máximo, 0,05%. No entanto, ficou em 0,08%. Embora meu risco absoluto ainda seja relativamente baixo, o aplicativo alertou que é 1,5 vezes maior do que deveria ser e me orientou a eliminar qualquer fator que possa contribuir para aumentar esse percentual, por exemplo, ingerindo mais frutas e vegetais. Baixe o aplicativo agora mesmo e faça o teste você também, a experiência vale a pena!

Neurológica

Centro Médico de Neurologia e Neurocirurgia.

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