Epilepsia é uma desordem cerebral caracterizada pela predisposição a gerar crises convulsivas, que são o resultado de breves disfunções ou descargas elétricas originadas no córtex cerebral. A condição pode afetar pessoas em todas as idades, raças e classes sociais, tendo picos de incidência na infância e nos idosos.
Várias são as condições que podem estar associadas à epilepsia; dentre as principais causas, podemos citar:
Muitas vezes, apesar da investigação adequada, a causa específica pode não ser identificada.
A epilepsia é uma condição tratável com medicamentos específicos, a serem escolhidos de maneira individualizada conforme as características de cada paciente. Com o tratamento apropriado, 70% dos pacientes ficam completamente livres de crises. Nas situações em que não é possível obter completo controle da doença, a avaliação por neurologista especialista em epilepsia (epileptologista) é recomendada. A opinião do especialista tem como objetivo investigar melhor o subtipo de epilepsia, com intuito de direcionar e otimizar o tratamento medicamentoso. Além disso, em casos específicos, outros tratamentos podem ser oferecidos, como cirurgia, neuromodulação e/ou dieta cetogênica.
A complexidade do paciente portador de epilepsia não termina por aqui. Muitos apresentam outras condições associadas, principalmente relacionadas ao humor (com tendência a sintomas depressivos e de ansiedade), além de queixas pertinentes à memória. Estas condições merecem atenção especial, e em algumas situações, o tratamento específico pode levar a melhora da qualidade de vida. Além disso, grupos específicos – como mulheres em idade fértil, idosos, pacientes com doenças clínicas graves (problemas renais, cardíacos) ou comprometimento da imunidade – merecem atenção especial e podem se beneficiar de ajustes medicamentosos ou orientações específicas.