

Apesar de ser considerado um grupo de baixo risco para formas graves e complicações da COVID-19, os adolescentes também devem ser vacinados. Mas se o risco para eles é menor, por que vaciná-los?
No Brasil, o calendário vacinal foi tornado obrigatório, não somente pela proteção individual, mas também pela necessidade de vacinar o maior número de pessoas para a redução de número de casos de doenças infectocontagiosas.
Por que é tão importante vacinar os adolescentes?
Apesar de crianças e adolescentes não apresentarem um benefício grande com a vacina do ponto de vista individual, a sua realização nesta faixa etária é essencial para redução de número de casos, pois mesmo os indivíduos assintomáticos podem portar o vírus e o transmitir a outras pessoas, inclusive transmitir a grupos mais vulneráveis, como os pais e avós — que podem ser os contatos naturais do adolescente.
Um estudo recente, publicado em 20 de setembro de 2021, mostrou a segurança e eficácia de ao menos uma das vacinas atualmente disponíveis para a imunização contra a COVID-19, e somente esta foi liberada pela ANVISA no Brasil com este objetivo para uso na faixa etária de 12 a 18 anos incompletos.
Apesar de ainda não haver um consenso único mundial, diversos países (de realidades diferentes da nossa) também estão indicando vacinação em crianças e adolescentes. Para exemplificar, na União Europeia a vacinação em adolescentes de 12 a 15 anos também foi aprovada.
Em Cuba foi aprovada a vacinação nos maiores de 5 anos e na China foi aprovado a realização a partir dos 3 anos, mas em todos, o objetivo é proteger não somente as crianças e adolescentes, mas toda a população exposta a infecção pelo vírus. No Brasil, serão vacinados apenas acima de 12 anos, de acordo com o aprovado pelos estudos atuais.
Dr. Fábio Agertt é Neurologista Pediátrico na Clínica Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neurologia.