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Glioblastoma: o que fazer após o diagnóstico e como é o tratamento?

A realização de exames de imagem como tomografia ou ressonância podem levantar a suspeita de uma lesão tumoral compatível com Glioblastoma. Porém, o diagnóstico só pode ser confirmado com a realização de uma biopsia desta lesão.

Mas como é o tratamento de Glioblastoma? Após receber esta confirmação através do exame de patologia, será necessário contar com o acompanhamento de uma equipe médica composta por:

  • Neurocirurgião;
  • Neurologista;
  • Oncologista;
  • Radioterapeuta.

Além disso, o paciente precisará contar com o atendimento de uma equipe multidisciplinar com:

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  • Psicólogo;
  • Fonoaudiólogo;
  • Fisioterapeuta;
  • Nutricionista;
  • Terapeuta ocupacional.

Radioterapia e quimioterapia concomitantes

O primeiro passo no tratamento do Glioblastoma é a realização de Radioterapia associada a Quimioterapia via oral com Temozolamida. Também conhecido como período de Concomitância, ele deve ser iniciado entre 4 e 8 semanas após a neurocirurgia.

A Temozolamida é um quimioterápico que precisa ser tomado da forma correta afim de obter o melhor resultado possível. Apesar de bem tolerada, existem pacientes que apresentam efeitos adversos como náuseas, vômitos, cefaleia, fadiga e constipação. É necessário comunicar o médico em caso destes sintomas, pois existem muitas formas de amenizá-los a fim de garantir que o tratamento flua da melhor forma possível.

Durante a concomitância também, é necessário realizar exames de sangue semanais. Eles permitirão que o médico avalie a toxicidade da medicação sobre a medula óssea, que é responsável pela produção do sangue e seus componentes.

Quimioterapia adjuvante

Após o período de concomitância, realiza-se uma pausa de 4 semanas no tratamento. Em seguida, inicia-se a fase de Adjuvância, composta por 6 ciclos com duração de 28 dias cada.

Neste período, o quimioterápico é tomado nos 5 primeiros dias de cada ciclo e em dose mais alta que na fase de concomitância. Para avaliar a tolerância do paciente à medicação, os exames de sangue são realizados nos dias 21 e 28 de cada etapa.

Ao final dos 6 ciclos de Adjuvância, uma nova ressonância magnética deverá ser realizada para avaliar o grau de resposta do tumor ao tratamento. Nesta etapa, cada caso é analisado e avaliado individualmente – podendo ser indicado continuar o tratamento por mais 6 ciclos.

Após o término do tratamento o paciente seguirá em acompanhamento com exames de imagem a cada 3 a 6 meses. Apesar de poder ser controlado, infelizmente ainda não há cura para o Glioblastoma.

Dra. Eliane Dutra é Neurologista e Neuro-oncologista na Clínica Neurológica, em Joinville (SC)Clique e conheça os tratamentos realizados em Neurologia.

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