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Epilepsia na mulher: particularidades e cuidados

4 de março de 2020Dra. Vera Braatz
epilepsia na mulher

A epilepsia na mulher é um capítulo complexo e rico em detalhes. Para isso, a condição merece atenção especial, pois o cuidado pode variar de acordo com a fase da vida da paciente. 

Efeitos dos hormônios nas crises epilépticas

Mulheres com epilepsia têm tendência a apresentarem ciclos menstruais irregulares em comparação a mulheres sem epilepsia. Além disso, as variações hormonais clássicas do ciclo menstrual podem influenciar o controle das crises, com algumas pacientes apresentando maior número de crises no início do ciclo, outras na metade do ciclo (concomitante com a ovulação), ou ainda na semana que antecede a menstruação – sendo este o mais frequentemente identificado. Isso varia de paciente para paciente, e não há uma regra. Para avaliar o comportamento das crises e a relação com o ciclo menstrual, o registro em diário é uma ferramenta de grande valia. Ajustes específicos no tratamento medicamentoso podem ser realizados quando conseguimos identificar estes padrões.

Anticoncepção e o tratamento de epilepsia

Muitos são os métodos disponíveis para evitar uma gestação não planejada. Anticoncepcionais orais compostos de estrógeno+progesterona, amplamente utilizados, precisam de considerações especiais.

Nas pacientes em uso de determinadas medicações anticonvulsivantes (não todas) pode ocorrer interação bilateral com o anticoncepcional oral, gerando tanto queda na eficácia do anticonvulsivante (com influência no controle das crises), quanto queda no nível do anticoncepcional, resultando em risco de gestação não planejada. Uma opção com perfil mais estável e seguro é o dispositivo intra-uterino (DIU). A aliança entre neurologista especializado, ginecologista e paciente é essencial para a escolha individualizada do melhor método para cada paciente.

Cuidados especiais durante a gestação

Pacientes com intenção de gestar devem ser avaliadas pelo seu neurologista, preferencialmente especializado em epilepsia, nos 6 meses que antecedem a gestação. Esta avaliação é essencial para avaliar as medicações em uso (principalmente seu perfil de segurança e cuidados especiais durante a gestação), discutir abertamente possíveis riscos associados, e avaliar a necessidade de realizar exames adicionais ou ajustes medicamentosos. Pacientes em idade fértil em uso de medicação antiepiléptica devem receber suplementação de ácido fólico de rotina.

Durante a gestação, as variações hormonais, de peso e de quantidade de líquido no organismo da mãe podem levar a necessidade de ajustes na dose do medicamento. Por isso, as visitas ao neurologista serão mais frequentes neste período. Quando entrar no terceiro trimestre, será o momento de conversar sobre a via de parto.

Controle de crises no período de amamentação 

A amamentação deve ser incentivada nas pacientes portadoras de epilepsia, entretanto com alguns cuidados e ajustes simples, tendo em vista a segurança do bebê, podem ser necessários. A mudança na rotina, particularmente com sono reduzido, também influencia o controle das crises da nova mãe, tornando ainda mais importante a participação ativa da rede de apoio desta mãe nos cuidados com o bebê.

Epilepsia na menopausa e climatério (transição do período reprodutivo para o não reprodutivo)

Os cuidados com a epilepsia da mulher madura focam em efeitos colaterais a longo prazo da medicação, preocupação com saúde óssea e acompanhamento de fatores de risco cardiovasculares no geral.

Conclusão

A epilepsia na mulher é uma condição com particularidades especiais em cada uma das fases da mulher. As variações hormonais, a indicação de métodos contraceptivos, o planejamento gestacional e os cuidados no climatério deverão sempre ser avaliados no contexto da epilepsia, para assegurar tratamento de maior eficácia e segurança, visando maior qualidade de vida das pacientes.

Dra. Vera Braatz é neurologista na Neurológica, em Joinville (SC). Conheça os tratamentos e especialidades.

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