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Atraso na fala de crianças: quando buscar ajuda médica

21 de janeiro de 2020Dr. Fábio Agertt
Atraso na fala de crianças: quando buscar ajuda médica

O desenvolvimento da linguagem e da fala humana iniciam muito cedo. Para se ter uma ideia, desde o período gestacional o bebê pode ouvir sons por volta da 12ª semana de gestação, e responder aos sons de fala com movimentos a partir da 24ª semana. Assim, o reconhecimento das vozes e outros sons evolui continuamente após o nascimento, junto das formas não-verbais de comunicação, como o olhar para o rosto das pessoas, sorrir para elas, e iniciar a vocalização (a chamada linguagem de bebês). Por volta de 1 ano de idade, a compreensão de palavras deve ter avançado e espera-se o “papa” e “mama”, que enchem os pais de alegria e marcam o que se espera com início do desenvolvimento da fala propriamente dito. E, quando menos se espera, podem falar demais!

Quando o atraso na fala é considerado um problema?

Para responder esta pergunta, nunca devemos esquecer que ocorrem variações e algumas crianças demoram mais a falar do que as outras. Neste caso, comumente podem ser sugeridas causas que na verdade são mitos:

  • Meninas falam mais cedo do que meninos: existe a hipótese de que o cérebro feminino pode apresentar maturação ligeiramente mais precoce, mas nenhuma evidência científica conseguiu provar de forma definitiva que isto faz com que elas desenvolvam a fala mais cedo do que eles.
  • Crianças com 2 anos e meio não precisam falar: existem variações sim, mas de acordo com o esperado para a idade, crianças de 2 anos devem estar combinando ao menos 2 palavras em frases simples. Isto porque o desenvolvimento da linguagem é um processo gradativo e de forma contínua, ou seja, se normal ele não para, mas obedece a um crescente.

Além disto, o desenvolvimento motor tão valorizado no primeiro ano de vida como indicador de boa saúde inclui também o desenvolvimento e uso da musculatura orofacial, caracterizando a condição de normalidade como uma associação, um conjunto de outras formas de linguagem. Portanto, vários sinais devem ser avaliados e não somente a “quantidade” de palavras emitidas em cada idade.

A valorização do relato dos pais, a comparação com o esperado mínimo para cada idade, e principalmente a correta interpretação do pensamento “cada criança tem seu tempo” são muito importantes ao se considerar a necessidade de diagnóstico preciso e tratamento com estimulação adequada de forma precoce.

 

Desenvolvimento esperado da linguagem

0 – 3 meses

Presta atenção a sons, acalma com a voz do cuidador, emite alguns sons.

3 – 6 meses

Emite sons como se estivesse conversando, imita alguns sons que ouve.

6 – 12 meses

Entende “não”, tchau e outras palavras comuns, começa falar palavras ou sílabas simples.

12 – 18 meses

Identifica partes do corpo, aponta o que quer, pode combinar palavras simples.

18 – 24 meses

Combina palavras, fala em torno de 20 palavras diferentes

2 – 3 anos

Fala frases de 2 a 3 palavras, responde sim e não, pode ter fala ainda não totalmente compreensível

Até 4 anos

Pode ter dificuldade como “R” e encontros consonantais como “LH”, mas fala frases e relatos, inventa histórias

Causas de atraso na fala

As causas de atraso da fala são variadas, desde dificuldade sensorial (uma falha na audição), passando por alterações do neurodesenvolvimento como Deficiência Intelectual e Autismo, distúrbios específicos de linguagem ou apraxia da fala, na qual a criança tem a ideia do que quer comunicar, mas seu cérebro falha ao planejar e programar a sequência de movimentos para produzir sons da fala. E não se deve esquecer que a exposição excessiva à telas eletrônicas associada a falta de estimulação, principalmente para os menores de 2 anos de idade, tem sido apontada como fator de risco para atraso de linguagem.

Tratamento de atraso no desenvolvimento da fala

Tanto o diagnóstico do atraso como o tratamento dependerão de avaliações especializadas, incluindo profissionais da área médica como o Pediatra ou Neuropediatra, em conjunto com um Fonoaudiólogo.

Em muitos casos há necessidade de investigação clínica e exames complementares podem ser incluídos, para o diagnóstico direito ou diferencial de cada situação ou hipótese encontrada.

Porque os pais devem estar atentos ao desenvolvimento da linguagem das crianças

O atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem podem ser os primeiros sinais que leva ao diagnóstico de doença graves, com repercussões em outras esferas do desenvolvimento que naquele momento ainda não são perceptíveis, e por isto não deve ser negligenciado.

Mesmo que não exista uma causa ou doença para explicar o atraso, a criança deve receber tratamento, pois a linguagem é uma ferramenta mediadora para a comunicação, o aprendizado e a adaptação ao meio em que o ser humano vive, havendo risco de comprometimento escolar e social, já que envolve algo essencial para a participação e inclusão.

Dr. Fábio Agertt é Neuropediatra na Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neuropediatria.

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Dr. Fábio Agertt
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