A principal modalidade terapêutica utilizada atualmente no tratamento das epilepsias consiste na prescrição de medicações conhecidas como fármacos antiepilépticos. Estes fármacos atuam de diferentes modos sobre células do sistema nervoso central, os chamados neurônios, gerando redução de sua excitabilidade e por consequência uma diminuição da capacidade do cérebro em gerar crises epilépticas.
Atualmente no mundo, existem mais de vinte drogas diferentes aprovadas para o tratamento desta doença, porém nem todas estão ainda disponíveis no Brasil. Estes fármacos podem ser utilizados de forma isolada ou em associação, dependendo da necessidade.
Diante de uma vasta lista de opções, cabe ao médico neurologista definir qual a melhor para cada paciente. A escolha deve ser sempre individualizada, levando-se em consideração múltiplos fatores como o sexo, idade, perfil de possíveis efeitos colaterais, doenças concomitantes, interações com outras medicações, comodidade posológica (número de tomadas ao dia) e também qual a forma específica de epilepsia em questão.
Aproximadamente 70% dos portadores de epilepsia ficarão livres de crises com o uso adequado das medicações. Para os que não atingirem o controle completo, existem outras modalidades terapêuticas disponíveis.