A Classificação Internacional de Doenças (CID 11) irá incluir a condição sob o nome de “Transtorno de games”. O padrão de comportamento frequente ou persistente de vício em jogos eletrônicos, é tal que leva “a preferir os jogos a qualquer outro interesse na vida”. Os critérios estabelecidos para o diagnóstico do transtorno deverão incluir:
- Não ter controle de frequência, intensidade e duração com que joga videogame.
- Priorizar jogar videogame a outras atividades.
- Continuar ou aumentar a frequência com que joga videogame, mesmo após ter tido consequências negativas desse hábito.
Possíveis danos para a saúde
A exposição a estímulos luminosos e a padrões repetitivos de imagens podem desencadear crises epilépticas em crianças suscetíveis. Em crianças é até cinco vezes mais comum do que em adultos essa forma de crise epiléptica fotossensível.
Crises de enxaqueca também podem ser desencadeadas por estimulação luminosa, ou falta de sono. Menor controle emocional, baixo limiar de frustrações, falha escolar e desempenho cognitivo prejudicado, também já foram descritos como complicações do uso excessivo de celulares e vídeo games.
Entre as complicações associadas e frequentes relatadas também estão a obesidade, a tendinite de polegar e a trombose venosa profunda, por permanecer longos períodos sentados.
O aumento do número de casos de miopia pode relacionar-se a tendência de crianças a passar mais tempo lendo, ou no computador, celulares e jogos.
O apoio e suporte da família é fundamental. Pais devem estar presentes em todos os momentos, atentos aos movimentos, atentos aos amigos, atentos às notas, atento aos comportamentos estranhos. É no lar que se molda o caráter e as crenças, é onde se fortalecem os vínculos. Sejamos firmes, duros e afetuosos.