Pouca gente sabe, mas a Toxina Botulínica tipo A (TBA) – normalmente associada à aplicação cosmética -, é muito utilizada em fins terapêuticos, especialmente para pacientes que sofrem com sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), distonias, hiperidrose e outros. Botox®, Dysport® e Xeomin® estão entre as toxinas botulínicas aprovadas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Embora tenham os mesmos fins, as três apresentam características e dosagens específicas, pois são produtos biológicos, não podendo ser simplesmente substituídos, razão pela qual não existem genéricos ou similares.
Mas, afinal, como a TBA age nos pacientes? A aplicação é feita nos músculos. O efeito é o relaxamento temporário, minimizando contrações involuntárias e rigidez excessiva. É importante mencionar que, a TBA, não trata as doenças. Na verdade, ela atenua os sintomas e as sequelas para dar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. “A aplicação depende do caso. Em alguns, precisamos reaplicar a cada três meses em outros uma aplicação por ano é suficiente”, explica Dra.Carla Heloisa Cabral Moro. Além dela, o Dr. Alexandre Luiz Longo e o Dr. Fábio Aggert também fazem aplicação da TBA.
Os interessados devem procurar a Clinica Neurológica e entrar em contato com a enfermeira Juliana Safanelli através do e-mail juliana@neurologica.com.br. O tratamento terapêutico com TBA está disponível em alguns programas do Sistema Único de Saúde (SUS) e pode também ser coberto por planos de saúde, obedecendo a Lei 9656/98.
Conheça algumas das indicações da TBA
Espasticidade – Rigidez muscular excessiva provocada por sequelas do AVC, Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Traumatismos Cranianos e Raquimedulares.
Distonias – Doenças que promovem contrações musculares intensas, com posturas anormais e dolorosas. Pode acontecer nos músculos do pescoço, boca e língua e membros do corpo.
Blefaroespasmo – Piscamentos constantes e simultâneos dos olhos.
Espasmo Hemifacial – “Tique nervoso”, doença de contrações rítmicas e involuntárias nos músculos de um dos lados do rosto.
Hiperidrose – Suor excessivo nas axilas, mãos, pés e/ou outras partes do corpo.
Sialorréria – secundária a dificuldade para a deglutinação da saliva, normalmente observada na Doença de Parkinson e Paralisia Cerebral.
Bruxismo – Excessivo aperto ou ranger dos dentes durante o sono ou vigília.
Migrania Crônica – Pacientes com enxaqueca crônica, sendo esta uma nova indicação para tratamento para pacientes em tratamento medicamentoso sem resposta satisfatória.