Quando começamos a desenvolver os primeiros estudos de economia em saúde em Joinville, confesso ter tido uma posição neutra, relacionada a um preconceito de que este tipo de projeto pouco ajudaria no dia a dia com meus pacientes. Felizmente, aprendi que eu estava completamente equivocado. A partir dos dados populacionais coletados, nossa equipe conseguiu criar um panorama de “mundo real” demonstrando os custos diretos, indiretos e intangíveis do ciclo de cuidado do AVC. Além de quantificar em termos monetários a jornada assistencial do paciente, permitindo a alocação de recursos nos pontos onde há maior benefício para o paciente, talvez o maior aprendizado desta jornada (ainda inacabada) tenha sido a percepção dos “custos ocultos do AVC”.
Tendo tido familiares com AVC e trabalhando diariamente com pacientes e seus familiares, tenho a convicção de que de que o “custo oculto” transborda as fronteiras das ciências econômicas e nos coloca a par do sofrimento humanitário que o AVC carrega.
Esta percepção vem permitindo a otimização das estratégias de cuidado ao AVC na Neurologica, focando no que realmente interessa para o indivíduo: primeiramente é não sofrer o evento, e se ele ocorrer, ter qualidade de vida, autonomia social, manutenção das funções motoras e cognitivas, assim como, não ter um novo AVC.
Lembre-se: 90% dos AVCs podem ser evitados, agende sua consulta, não faça parte desta triste estatística!
Dr. Pedro Magalhães é Neurologista especialista em Acidente Vascular Cerebral na Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neurologia.
