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Origem do movimento antivacina e o surto de sarampo no Brasil

2 de setembro de 2019Dra. Lara Pizzetti Fernandes
Origem do movimento antivacina e o surto de sarampo no Brasil

O movimento antivacinação é um dos fatores que contribuem na reativação de surtos de sarampo no Brasil. Entenda como surgiram os boatos sobre a relação entre o autismo e a vacinação e confira estudos que comprovaram as fraudes.

Autismo x vacinação

A relação entre autismo e vacinação foi citada inicialmente em um artigo publicado na revista The Lancet em 1998 e ainda é citado nos dias atuais, equivocadamente.

A mãe de uma criança com queixas gastrointestinais alegou alteração de comportamento de seu filho após tomar a vacina de sarampo ao cirurgião Andrew Wakefield. Este, por sua vez, publicou uma série de casos relacionando colite (inflamação do intestino grosso), autismo e a vacina para o sarampo.

Dr. Andrew publicou então uma pequena série de casos sem grupo controle (grupo de pacientes com características similares, mas que não recebem a vacina, para fins de comparação) que teve uma repercussão inimaginável, não somente pelo seu tamanho, como pela qualidade dos dados.

Estudo duvidoso deu origem a boato

O conselho médico do Reino Unido investigou os registros e descobriu que entre os 12 casos descritos, nenhum foi livre de má interpretação ou alteração dos dados. Com isso, a revista The Lancet retirou o trabalho que havia sido publicado.

Os casos não foram consecutivos, como citado, mas sim selecionados – uma das crianças foi, inclusive, transferida para o local do estudo propositalmente. Algumas das crianças não preenchiam os critérios diagnósticos para autismo e outras já tinham os sintomas referidos antes da vacinação. As biópsias de intestino realizadas não tinham evidência de colite e alguns pacientes apresentavam somente constipação intestinal como queixa. Um conselho de ética não aprovou o estudo previamente à sua realização.

Autor do estudo x conflito de interesses

Apesar de não ter declarado conflito de interesse financeiro, Wakefield foi contratado pelos advogados para representar as crianças as quais descreveu e posteriormente lançou sua própria patente de vacinas.

Na década seguinte, pesquisas consistentemente não encontraram evidência de associação entre a vacina e o autismo. Entre elas, Wakefield’s article linking MMR vaccine and autism was fraudulent e How the case against the MMR vaccine was fixed.

Impactos do estudo fraudulento

Vinte e um anos depois, as consequências da publicação deste estudo fraudulento foram sentidas não somente no seu país de origem, a Inglaterra, mas também locais como Alemanha e Estados Unidos reportaram queda das taxas de imunização e surtos de sarampo facilitados pela contaminação de pessoas não vacinadas.

Surto de sarampo

O sarampo tem uma taxa de transmissão extremamente alta, chegando a 90%. Acomete mais gravemente crianças, idosos e imunocomprometidos. Em pessoas com HIV a mortalidade chega a 40% e a 70% naqueles com câncer. Não é necessário contato direto para a transmissão e pode-se passar o vírus 4 dias antes do surgimento do rash (manchas na pele).

Consulte o esquema de vacinação clicando aqui. Mantenha sua vacinação e a de sua família em dia.

Conclusão

A vacina, como qualquer medicação ou intervenção médica, pode apresentar reações adversas, Mas é importante ressaltar que as vacinas são liberadas para uso somente após ser comprovado seu benefício em relação ao risco.

Ainda, não deve-se considerar as mídias sociais como fonte de informação precisa e confiável. Em caso de dúvida, sempre discuta com seu médico.

Dra. Lara Pizzetti Fernandes é especialista em neurologia na Neurológica, em Joinville (SC). Conheça os tratamentos em neurologia.

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Dra. Lara Pizzetti Fernandes
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