

Convulsões febris ocorrem em crianças e são desencadeadas pela febre que acompanha de doenças comuns como resfriado, gripe ou infecção no ouvido.
Ter uma convulsão febril não significa que a criança tenha Epilepsia, uma vez que esse distúrbio é caracterizado por convulsões recorrentes que não são desencadeadas pela febre. Em alguns casos, uma criança pode não ter febre no momento da convulsão, porém, desenvolverá algumas horas depois. A maioria dos pais utiliza medicamentos para baixar a febre, como Paracetamol ou Ibuprofeno, deixando a criança mais confortável. No entanto, estudos mostram que isso não reduz o risco de ter outra convulsão febril.
Quais são os sintomas das convulsões febris?
A maioria das convulsões febris dura poucos minutos e é acontece quando a temperatura sobe acim de 38,3°C. Crianças pequenas com idades entre 6 meses a 5 anos são as mais propensas a apresentar convulsões febris, com maior incidência aos 2 anos de idade. Os sintomas podem incluir:
- Perda da consciência;
- Tremor ou abalos dos braços e pernas;
- Movimentos oculares ou desvio do olhar;
- Rigidez dos membros.
Algumas crises podem ser acompanhadas de perda de consciência, mas não de movimentos involuntários.
Os fatores de risco para recorrência das crises são:
- Menor idade: crianças que têm sua primeira convulsão febril com menos de 18 meses;
- História familiar positiva: quando outros membros da família apresentaram crise febril durante a infância;
- Convulsão febril precoce: quando a convulsão febril antecede outros sintomas de uma doença;
- Hipotermia: quando a temperatura corporal fica abaixo de 35°.
O que deve ser feito quando uma criança tem convulsão febril?
Os pais e responsáveis devem manter a calma, tomar as medidas de primeiros socorros e observar atentamente a criança.
- Observe a hora de início da crise.
- Se a convulsão durar mais de 5 minutos, chame uma ambulância. A criança deve ser levada imediatamente ao centro médico mais próximo para diagnóstico e tratamento.
- Se a convulsão durar menos de 5 minutos, mas a criança não parece estar se recuperando rapidamente, chame uma ambulância.
- Posicione a criança num local seguro, de onde não possa cair ou ser atingida por abjetos. Não segure a criança durante a convulsão.
- Vire a cabeça ou posicione a criança de lado (bebês também podem ser colocados de bruços com suporte), numa posição que evite asfixia. Sempre que possível, remova cuidadosamente quaisquer objetos ou alimentos da boca da criança.
- Nada deve ser colocado na boca durante uma convulsão. Esses objetos podem obstruir as vias aéreas e dificultar a respiração.
- Procure atendimento médico imediato se esta for a primeira convulsão febril da criança e a leve ao médico assim que a convulsão terminar para verificar a causa da febre. Isso é especialmente urgente se a criança apresentar sintomas de rigidez no pescoço, letargia extrema ou vômitos abundantes, que podem ser sinais de meningite.
A meningite, uma infecção das membranas que envolvem o cérebro, pode causar febre e convulsões similares às convulsões febris, mas são muito mais graves. Se o médico suspeitar que uma criança tem meningite, pode ser necessário complementar a investigação com um procedimento chamado punção lombar.
Se a convulsão for muito prolongada ou acompanhada por uma infecção grave, ou se a criança tiver menos de 6 meses de idade, o médico pode recomendar a hospitalização. Na maioria dos casos, no entanto, uma criança que tem uma convulsão febril geralmente não precisa ser hospitalizada.
Artigo originalmente publicado no National Institute of Neurological Disorders and Stroke