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Inovações na medicina agilizam o diagnóstico de Alzheimer

20 de setembro de 2018Dra. Nayara dos Santos Reimer
Inovações na medicina agilizam o diagnóstico de Alzheimer

A Doença de Alzheimer (DA) é neurodegenerativa progressiva, afeta mais de 37 milhões de pessoas no mundo e representa a forma mais comum de demência em idosos. Caracteriza-se por comprometimento cognitivo com acometimento mais precoce e intenso na memória, além de limitação das atividades de vida diária.

Nesse artigo, iremos falar sobre o diagnóstico precoce da Doença de Alzheimer, quais são os passos necessários para realizá-los e os novos exames disponíveis.

Avaliação clínica para diagnóstico de Alzheimer

Avaliação clínica com anamnese e exame físico aprimorados são essenciais para o diagnóstico de Doença de Alzheimer (DA). A história coletada com os familiares sobre o início e a evolução dos sintomas cognitivos é imprescindível para o diagnóstico. Além da história, um exame neurológico minucioso, com a realização de testes cognitivos por um neurologista habilitado, aliado a exames de imagem (preferencialmente ressonância magnética de crânio), são capazes de diagnosticar a doença numa grande maioria dos casos. Sendo sempre necessário excluir outras causas de demência comuns, como a demência vascular, demência secundária à doença de Parkinson, e demência alcóolica, bem como alterações clínicas e condições neurológicas que possam parecer um quadro demencial. Além de transtornos psiquiátricos como depressão que podem se manifestar com quadro de “pseudodemência”, com esquecimentos, prejuízo do raciocínio e atenção.

Os exames complementares (como exames de sangue e ressonância de crânio) sempre devem ser interpretados no contexto clínico do paciente, tendo pouco valor quando analisados isoladamente. Abaixo confira alguns métodos para detecção de Doença de Alzheimer:

Exames de neuroimagem para detecção de Alzheimer

O exame de imagem cerebral, preferencialmente a ressonância magnética de crânio de 3 Tesla, é indicado para avaliar todos os pacientes com suspeita de Doença de Alzheimer (DA). A ressonância serve para afastar outras causas de comprometimento cognitivo e demência, como acidente vascular cerebral (AVC), tumor cerebral, hidrocefalia, dentre outros. Na DA, os achados mais comuns são atrofia cerebral (redução do volume cerebral devido à morte neuronal), que pode ser generalizada ou focal. Em geral, esses achados são pouco específicos. O achado mais característico é a redução do volume do hipocampo ou lobo temporal mesial, partes do cérebro responsáveis pela nossa memória.

Outros exames atualmente disponíveis para a investigação desta doença são os exames funcionais cerebrais, como o FDG-PET, ressonância funcional, ressonância de perfusão e SPECT cerebral. São exames mais sofisticados em que se avalia o metabolismo e função cerebrais. Na Doença de Alzheimer, esses exames irão revelar áreas de baixo metabolismo (PET) e hipoperfusão (baixa irrigação sanguínea) cerebral, principalmente nos hipocampos, lobos parietais e temporais. Destaca-se a importância desses exames em casos leves ou estágios inicias da doença.

Exame PET amiloide: uma inovação ainda indisponível no Brasil

Disponível somente em ambientes de pesquisa nos Estados Unidos e Europa, o exame utiliza um radiofármaco (produto farmacêutico radioativo) que detecta placas de beta-amiloide, proteína que se acumula no cérebro de pacientes com Doença de Alzheimer. A recente descoberta e validação desse método tem a possibilidade de mudar a abordagem diagnóstica deste problema. Ele é capaz de mostrar depósito de proteína amiloide no cérebro, numa fase inicial da doença. Apesar da sensibilidade e especificidade bem documentadas, ainda não entrou na prática clínica, em parte devido ao altíssimo custo.

Testes genéticos na Doença de Alzheimer

Apesar do gene APOE4 (Apolipoproteina E) ser o fator de risco genético mais estabelecido para DA de causa esporádica (não familiar), não se recomenda o screening (rastreio) com APOE4 na rotina básica. Uma cópia dessa variação genética aumenta em três vezes o risco de se desenvolver a doença; e 2 cópias aumentam em 15 vezes. Apesar disso, um grande estudo mostrou que a presença deste gene só aumentou em 4% o diagnóstico, quando comparado ao diagnóstico clínico isolado (realizado através de anamnese, exame físico e ressonância magnética de crânio). Ou seja: o APOE4 é só um fator de risco. Ele não é suficiente nem necessário para desenvolver a doença. Sendo assim, não é indicado em todos os pacientes com suspeita de Doença de Alzheimer!

Dra. Nayara dos Santos é Neurologista na Clínica Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neurologia.

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