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Estágios da Doença de Parkinson: como viver com qualidade de vida

18 de junho de 2020Dra. Nayara dos Santos Reimer

O primeiro passo para viver bem com a Doença de Parkinson (DP) é entender a doença e a sua progressão. É possível se ter uma ótima qualidade de vida mesmo possuindo essa condição. Fazer acompanhamento médico com um neurologista e seguir as terapias recomendadas é essencial para o tratamento bem-sucedido dos sintomas usando medicamentos dopaminérgicos. Os pacientes com DP precisam desse tipo de medicação, porque possuem níveis reduzidos ou falta de dopamina no cérebro, principalmente devido ao comprometimento dos neurônios na substância negra numa parte do cérebro chamada mesencéfalo.

Sintomas da Doença de Parkison

É importante entender que os portadores desta condição, começam a apresentar sintomas num estágio mais tardio do curso da doença, somente quando uma quantidade significativa dos neurônios da substância negra já foi perdida ou prejudicada. Os corpos de Lewy (acúmulo de alfa-sinucleína anormal) são encontrados nos neurônios da substância negra dos pacientes com DP.

Existem atualmente inúmeros estudos e cientistas que exploram maneiras de identificar biomarcadores para DP, o que resultaria em um diagnóstico numa fase mais precoce, bem como tratamentos mais personalizados para retardar o processo da doença. Atualmente, todas as terapias usadas para a DP melhoram os sintomas sem retardar ou interromper a progressão da doença.

Além dos sintomas relacionados aos movimentos (chamados de “sintomas motores”), podem ocorrer também sintomas não motores, ou seja, não relacionados aos movimentos. As pessoas com DP geralmente são mais afetadas por seus sintomas não motores do que pelos sintomas motores. Exemplos de sintomas não motores incluem: apatia, depressão, constipação, distúrbios do comportamento do sono, perda do olfato e comprometimento cognitivo.

Estágios e progressão da doença de Parkinson

Na doença de Parkinson idiopática (sem uma causa definida), a progressão tende a ser lenta e variável. Isto é, afeta as pessoas de maneiras diferentes. Nem todo mundo experimentará todos os sintomas de Parkinson e, se o fizerem, não os experimentarão necessariamente na mesma ordem ou na mesma intensidade. Existem padrões típicos de progressão na doença de Parkinson que são definidos em estágios. Os médicos costumam usar a escala de Hoehn e Yahr para medir a progressão da doença ao longo dos anos. Os estágios da DP conforme a classificação de Hoehn e Yahr são:

Estágio 1: Estágio Inicial

Durante esse estágio inicial, a pessoa apresenta sintomas leves que geralmente não interferem nas atividades diárias. Tremor e outros sintomas de movimento ocorrem apenas em um lado do corpo. Amigos e familiares podem detectar mudanças na pessoa com a doença, incluindo alterações na postura, perda do equilíbrio e perda da expressão facial.

Estágio 2: Bilateral ( sintomas dos dois lados do corpo)

Os sintomas começam a piorar. Tremor, rigidez e outros sintomas de movimento afetam os dois lados do corpo. Problemas para caminhar e má postura podem ser aparentes. A pessoa ainda é capaz de viver sozinha, mas as tarefas diárias são mais difíceis e demoradas.

Estágio 3: Instabilidade Postural Moderada

Considerado o estágio intermediário, a perda de equilíbrio e a lentidão dos movimentos são características. Quedas são mais comuns. A pessoa ainda é totalmente independente, mas os sintomas prejudicam significativamente atividades como vestir e comer. Nesse estágio os sintomas podem ser bastantes graves e incluem a incapacidade de andar em linha reta ou ficar em pé. Episódios de congelamento da marcha também podem ocorrer.

Estágio 4: Instabilidade Postural Grave

Neste ponto, os sintomas são graves e limitantes. É possível ficar em pé sem assistência, mas o movimento pode exigir um andador. A pessoa precisa de ajuda com as atividades da vida diária e é incapaz de viver sozinha.

Estágio 5: Locomoção Dependente

Este é o estágio mais avançado e debilitante. A rigidez nas pernas pode tornar impossível ficar em pé ou andar. A pessoa precisa de uma cadeira de rodas ou está acamada. Cuidados de enfermagem 24 horas são necessários para todas as atividades. A pessoa pode apresentar alucinações e delírios.

Conclusão

É importante lembrar que nem todo paciente passará por todos esses estágios e que esta condição tem curso clínico variável de acordo com cada indivíduo. A prática de atividade física regular – pelo menos 30 minutos de exercício por 5 dias da semana – tem evidências científicas comprovadas de melhorar os sintomas da Doença de Parkinson, bem como retardar a incapacidade subsequente desta condição.

Dra. Nayara dos Santos Reimer é Neurologista na Neurológica, em Joinville (SC). Conheça os tratamentos em Neurologia.

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