O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, ou World Autism Awareness Day é celebrado anualmente em 2 de abril. Foi criado pela Organização das Nações Unidas em 2007, após iniciativa proposta pela família real do Catar, para a conscientização acerca dessa questão. A data é importante para marcar os esforços na luta pela inclusão e atenção qualificada aos pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O envolvimento, porém, deve ser permanente, com políticas de saúde e educação voltadas às famílias.
Qual a importância desta data?
Acredita-se que este transtorno de desenvolvimento atinja milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem, com grande impacto para sociedade, pois na maioria dos casos determina dependência de cuidados para toda a vida.
Durante muito tempo, o acesso ao diagnóstico e tratamento foram mantidos em segundo plano, e a incidência verdadeira do Autismo era desconhecida. Com a evolução do conhecimento sobre as causas, os sinais característicos e os critérios diagnósticos, mais casos são identificados e se evidencia a urgência da inclusão destes indivíduos e de suas famílias na sociedade.
Foi escolhida a cor azul como símbolo para esta data, principalmente pela maioria dos autistas pertencer ao sexo masculino. Assim, vários monumentos neste dia são iluminados de azul, como já aconteceu com o Cristo Redentor no Brasil, a Casa Branca nos Estados Unidos ou a Ópera de Sidney na Austrália; também existe grande mobilização por inciativa das autoridades e do público em geral, principalmente através de mobilização nas redes sociais, com as hashtags #LightItUpBlue, #autismawareness, #autismacceptance.
O objetivo principal da conscientização é o conhecimento para a ação, baseada em três etapas (adaptado do site https://www.autismspeaks.org):
1) Reconhecer os sinais:
- Evitar contato ocular ou permanecer isolado;
- Dificuldade em entender o que as outras pessoas sentem;
- Atraso no desenvolvimento da linguagem;
- Repetir palavras ou frases de forma constante;
- Intolerância a mudanças na rotina;
- Interesses altamente restritos;
- Movimentos repetitivos das mãos ou balançar o corpo; e
- Alterações não usuais no comportamento de reação a sons, texturas, cores e odores.
2) Buscar o diagnóstico:
- Escalas como a M-CHAT (Escala Modificada para Diagnóstico de Autismo em Crianças Pequenas) e outras podem ser usadas para triagem ou direcionar o diagnóstico.
Conheça o teste M-CHAT e outras informações sobre o autismo.
3) Procurar serviços especializados em orientações e tratamento
- Instituições públicas, organizações não-governamentais e terapias multidisciplinares especializadas.