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TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Como Diagnosticar

11 de setembro de 2017Dr. Julio Koneski
Como Diagnosticar Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento. O TDAH se inicia na infância e pode acarretar prejuízos ao longo da vida da criança, desde o período escolar, passando pela adolescência e até mesmo na vida adulta.

O transtorno comportamental está presente em 4,5% da população até os 14 anos de idade, e cerca de 60% dessas crianças permanecem com os sintomas na vida adulta.

Sintomas comuns para o TDAH

Algumas pessoas, sejam elas crianças ou adultos, apresentam principalmente sintomas de desatenção, como:

  • Não prestar atenção a detalhes;
  • Cometer erros por distração;
  • Ser esquecido nas atividades da vida diária;
  • Perder objetos essenciais ao dia a dia; e
  • Apresentar dificuldade para organizar e planejar tarefas cotidianas.

Outras apresentam predominantemente características de impulsividade e inquietação:

  • Falar em excesso ou responder sem ouvir a pergunta ser concluída;
  • Dificuldade em esperar sua vez;
  • Mexer com as mãos, sair do lugar, não parar quieto; e
  • Dificuldade em brincar de uma maneira tranquila e calma.

Ao longo da vida observa-se que pessoas com TDAH tem maior índice de reprovação e evasão escolar, dificuldades em manter-se nos empregos, maior frequência de gravidez na adolescência e casamentos desfeitos. Com frequência, também estão mais propensos a sofrer acidentes domésticos ou de trânsito, uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.

Como é realizado o diagnóstico do TDAH

O diagnóstico se baseia nos critérios definidos internacionalmente pelo Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM-5) da Associação Americana de Psiquiatria, e se caracteriza basicamente pela presença de três sintomas básicos: desatenção, inquietação e impulsividade.

Para que possamos fazer o diagnóstico de TDAH, as características comportamentais devem estar presentes antes dos 12 anos de idade e manifestar-se em vários ambientes, como casa, escola ou trabalho. Também é preciso que ocorram de uma maneira frequente e excessiva a ponto de causar prejuízo na vida da pessoa.

ESCALA SNAP-IV para TDAH

O questionário SNAP-IV é uma escala de utilização internacional, validada para uso no Brasil, e que lista sintomas e características comportamentais do TDAH. Serve para uma avaliação inicial, dando boas pistas da presença do transtorno.

Este deverá ser preenchido individualmente, por pais, cuidadores ou professores das crianças e adolescentes com suspeitas de TDAH. É importante salientar que o diagnóstico deverá ser feito por um médico, onde será baseado em anamnese apropriada.

Marque um X na coluna que melhor descreve o comportamento da criança ou adolescente:

Nem um poucoSó um poucoBastanteDemais
1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas
2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer
3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele
4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações
5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado
7. Perde coisas necessárias para atividades (brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros)
8. Distrai-se com estímulos externos
9. É esquecido em atividades do dia-a-dia
10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado
12. Corre de um lado para o outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado
13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma
14. Não para ou frequentemente está a “mil por hora”
15. Fala em excesso
16. Responde perguntas de forma precipitada antes que elas tenham sido terminadas
17. Tem dificuldade em esperar sua vez
18. Interrompe os outros ou se intromete (nas conversas, jogos, etc.)

Como avaliar:

1) Se existem pelo menos 6 itens marcados como “bastante”, ou “demais” de 1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado para uma criança ou adolescente.

2) Se existem pelo menos 6 itens marcados como “bastante” ou “demais” de 10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado para uma criança ou adolescente.

Causas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)

O TDAH é quatro vezes mais frequente em meninos, e existem inúmeros estudos que comprovam a hereditariedade deste transtorno. Sabe-se também que o TDAH não é resultado de questões sociais ou culturais, mas, sim, trata-se de um transtorno neurobiológico com claras evidências etiológicas.

Diversos estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e nas suas conexões com o resto do cérebro. Entre outras funções, a região frontal do cérebro é responsável pela inibição do comportamento, pela atenção, por algumas funções da memória e pela capacidade do ser humano em organizar e planejar suas atividades.

Sabe-se que os neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que são responsáveis em transmitir informações entre a rede neuronal cerebral, funcionam de maneira inadequada nas pessoas com TDAH.

Como é realizado o tratamento para TDAH

O tratamento do TDAH visa reduzir os sintomas e os prejuízos para melhorar a qualidade de vida. Não há cura, mas um tratamento adequado permite uma vida saudável e produtiva.

O uso de medicações, associado às terapias, orientação aos pais e uma parceria entre a família e a escola, serão fundamentais para o sucesso terapêutico. A medicação é fundamental no tratamento quando houver prejuízo funcional.

Os medicamentos disponíveis e utilizados no Brasil são psicoestimulantes, ou seja, medicamentos que visam melhorar atenção e concentração, diminuir a impulsividade e inquietação. Existem várias apresentações comerciais (metilfenidato de curta ou longa ação e lisdexanfetamina), que variam quanto à sua concentração e tempo de ação no organismo.

De um modo geral, estes estimulantes são bem tolerados por crianças e adultos (com mínimos e transitórios efeitos colaterais, quando presentes), e deverão ser utilizados por um período de tempo indeterminado.

Dr. Julio Koneski é Neuropediatra na Clínica Neurológica, em Joinville (SC). Clique e conheça os tratamentos realizados em Neuropediatria.

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Dr. Julio Koneski
Especialista em Neuropediatria na Neurológica em Joinville - SC
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