Na Esclerose Múltipla, o processo inflamatório leva à lesão da mielina, que tem a função de facilitar a transmissão dos impulsos elétricos através dos neurônios. Este processo, chamado de desmielinização, é o responsável pelos sintomas da doença.
A mielina está presente em todo sistema nervoso, mas a esclerose múltipla acomete o sistema nervoso central, por isso qualquer região do cérebro ou medula podem ser acometidos e o tipo de sintoma está diretamente relacionado à região afetada.
Como funciona a desmielinização na Esclerose Múltipla?
Depois da fase inicial, o processo inflamatório esfria, permanecendo então uma espécie de cicatriz – o que explica o termo “esclerose”; que pode interferir no seu funcionamento. Com o passar do tempo, o acúmulo das lesões leva a graus de incapacidade.
Como é o diagnóstico de Esclerose Múltipla e seu tratamento?
O diagnóstico de Esclerose Múltipla é baseado na história clínica, exame físico e realização de exames complementares (ressonância principalmente). Nem sempre é possível dar o diagnóstico em um primeiro momento, porque é preciso que o paciente feche critérios de evolução da doença ao longo do tempo e tenha mais de uma lesão nos exames de imagem.
Os pacientes podem se recuperar clinicamente dos surtos, seja total ou parcialmente. A forma mais comum de evolução da doença se caracteriza por crises seguidas de períodos assintomáticos, que chamamos de “surto-remissão”.
Apesar de ainda não existir cura para a Esclerose Múltipla, muito pode ser feito para ajudar os pacientes a serem independentes e a terem uma vida confortável e produtiva.
Artigo originalmente publicado na ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla)