O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a doença que mais mata no Brasil, sendo também a principal causa de incapacidade crônica. Para se ter uma ideia da importância da doença, 1 em cada 6 pessoas terão um AVC durante a vida e, cerca de 70% destas, não retornarão as atividades profissionais. As boas notícias são que ele pode ser efetivamente prevenido e que os novos tratamentos estão cada vez mais eficazes, salvando vidas e diminuindo o número de debilitados.
“O AVC se caracteriza por um distúrbio na circulação de sangue no cérebro, privando os neurônios de receber adequadamente oxigênio e nutrientes essenciais. Em poucos minutos, as células do cérebro começam a morrer e, se não tratado adequadamente, o dano cerebral se torna irreversível”, explica o Dr. Pedro Magalhães, neurologista especialista em doenças cerebrovasculares.
Existem dois tipos de AVC, o isquêmico, que ocorre quando há o bloqueio de uma artéria, impedindo que o sangue chegue até o cérebro; e o hemorrágico, que ocorre quando há ruptura de um vaso intracraniano. Cerca de 85% dos AVC são isquêmicos e as principais causas são a formação de coágulos nas artérias do pescoço ou do cérebro que impedem a circulação normal de sangue e as embolias que ocorrem quando um coágulo se desprende de outra parte do corpo e migra até bloquear uma artéria cerebral. Os AVCs hemorrágicos (15% dos casos) são determinados, principalmente, por rupturas das artérias cerebrais, por aneurismas cerebrais ou malformações das artérias e veias do cérebro.
Os sintomas do AVC são extremamente fáceis de reconhecer, e você deve ficar atento para qualquer um dos seguintes sinais:
Uma maneira simples de ver se uma pessoa está sofrendo um AVC é solicitar que ela sorria (observar assimetria da boca), que ela levante os dois braços (observar se um dos lados está fraco) e que ela fale uma frase (observar se a fala está coerente). E o Dr. Pedro ressalta: “Se qualquer um destes testes estiver alterado, procure imediatamente o pronto socorro mais próximo”.